A psicanálise breve é uma modalidade terapêutica que parte do mesmo fundamento da psicanálise tradicional — a escuta do inconsciente — mas com uma proposta de tempo e direção mais definidos. Em vez de um processo indefinido no tempo, ela se estrutura em torno de um foco: um conflito central que emerge do sofrimento atual do paciente e pode ser trabalhado de forma concentrada.

Essa abordagem é especialmente indicada para quem:

• vive sob pressão constante no trabalho;

• enfrenta conflitos familiares ou escolares;

• passa por transições importantes, como mudanças de país, de carreira ou de fase de vida;

• sente ansiedade, tristeza, raiva ou confusão emocional sem entender bem o motivo;

• é adolescente e precisa encontrar palavras para aquilo que está difícil de nomear.

​​

Na psicanálise breve, o vínculo terapêutico é construído com firmeza e acolhimento, sem pressa — mas também sem prolongamentos desnecessários. Cada sessão é um espaço de elaboração e descoberta, onde o paciente é convidado a reconhecer seus afetos, seus limites e suas possibilidades. A atuação do analista é mais ativa, ajudando a circunscrever o conflito e a trazer à consciência conteúdos que, muitas vezes, estão por trás dos sintomas.

​

Essa abordagem se mostra especialmente eficaz para:

• profissionais que buscam clareza diante de impasses emocionais ligados ao trabalho;

• adolescentes que vivem intensamente as transformações da identidade;

• filhos bilíngues que crescem entre línguas e culturas e enfrentam desafios emocionais ligados ao pertencimento;

• mães e pais que desejam ajudar seus filhos a atravessarem fases difíceis, sem medicalização precoce ou julgamentos.

​​

Psicanalisar-se de forma breve não significa superficialidade — significa compromisso com o que importa agora. É um percurso possível, profundo e transformador.